quarta-feira, 6 de novembro de 2013

DREDD (Dredd, Estados Unidos, 2012)






Se você já leu meus comentários, ou se pelo menos deu uma olhada aqui no Blog, com certeza vai achar, no mínimo, curioso eu estar comentando este filme. Mas o motivo de eu estar comentando um filme assumidamente de aventura e ação é simples: o filme bom. E achei ele muito bom!

 
Numa época em que os filmes de aventura e ação ficam mais preocupados em serem bonitinhos do que com a empolgação do espectador, e exageradamente exploram efeitos especiais dispensáveis, veio este filme. Aqui a veia de ação é exposta desde o início e não para de pulsar em nenhuma parte do filme. A ação é bruta, raivosa e crua, mas no sentido em que os filmes de ação têm que ser. Este filme é bom, mas se tornou fantástico por dar um banho de talento e por mostrar, desavergonhadamente, que filmes de ação se fazem assim, e não com firulas de criança.

Este filme foi baseado no personagem Juiz Dredd de histórias em quadrinhos. Sylvester Stallone fez O Juiz na década de 90 baseado nesse mesmo personagem, mas o filme saiu mais para comédia do que para aventura, não fazendo jus ao personagem.

Por causa disso, quando escutei que estavam preparando outro filme com base nesse personagem, confesso que lamentei profundamente, pois um remake de um filme ruim não promete nada bom. Fiz corpo mole para assistir ao filme, mas, depois de escutar alguns elogios aqui e ali, decidi assisti-lo.

No entanto, fui prazerosamente surpreendido com um filme que esbanjou acertos. A história de que o Juiz Dredd fica preso em um edifício cercado de traficantes que querem matá-lo é o que basta para injetar adrenalina em cada tiroteio. Esse enredo simples ainda possui mais detalhes que bastam suficientemente para tornar a história intrigante e com mais propósito do que apenas confrontos sangrentos.

Os personagens também estão excelentes, principalmente o Juiz Dredd. A abordagem sombria, brutal e impiedosa do personagem fez com que em nenhum momento se pensasse em sua versão cinematográfica dos anos 90, e assim pôde-se satisfazer os fãs dos quadrinhos que ansiavam por esse personagem, decentemente mostrado na telona.


A fotografia, a trilha sonora e os efeitos também estão ótimos. Usou-se tecnologia de ponta para se fazer este filme, mas essa tecnologia foi usada para contar a história e para torná-la mais interessante, e não como um brinquedo novo de criança.

Este filme foi feito para 3D, mas, lamentavelmente, perdi essa oportunidade e só o assisti em versão básica. Essa lamentação veio depois de assisti-lo, pois realmente não estava empolgado para ver este suposto remake. No entanto, depois de ver o filme, vi que não houve remake algum. Foi contada uma história nova, com um personagem antigo o qual não havia sido explorado adequadamente. Mas a frustração que senti por perder a versão em 3D não diminuiu nem um pouco a emoção que senti no filme. Não precisa querer ver o filme em 3D para se empolgar com as cenas de tiroteio ou com o jeito impiedoso e acirrado do personagem. O filme é surpreendentemente ótimo, e o que importa é assisti-lo.

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